A Justiça converteu em preventiva a prisão de Leonardo Campos Pinheiro, de 64 anos, que teria abusado sexualmente de uma criança de 11 anos, em São Luís.
A
decisão é da juíza de Direito Substituta de Entrância Inicial, Jéssica Gomes Dias, em audiência ocorrida na última sexta-feira (22), na 2ª Central de Inquéritos e Custódia, em São Luís.
A magistrada entendeu que Leonardo é réu primário, porém oferece riscos à sociedade devido ao tipo de crime cometido, e porque ele 'confessou a prática delitiva'.
"Por meio de grave ameaça e utilizando-se de violência, o agente cometeu o crime de estupro de vulnerável, aproveitando-se da condição de vulnerabilidade da vítima, seja por sua idade ou por sua incapacidade de resistir. Tal conduta, deliberada e premeditada, configura uma violação direta à integridade física e psicológica da vítima, representando um ataque à sua dignidade e liberdade sexual. A prática do crime, ao explorar a vulnerabilidade da vítima, demonstra não apenas um desrespeito absoluto às normas sociais e aos direitos fundamentais da pessoa humana, mas também compromete a ordem pública e a convivência pacífica, atingindo gravemente os princípios de proteção e respeito à dignidade da pessoa humana", pontuou a juíza, que entendeu necessária a prisão para a 'garantia da ordem pública'.
A vítima é filha da então namorada de Leonardo, que foi preso em flagrante na manhã da última quinta-feira (21), no bairro Cohatrac IV.
Segundo as investigações, o caso foi denunciado pelo pai da menina, que relatou à Polícia Civil que Leonardo pegava nas partes íntimas da criança, fazia vídeos dela tomando banho sem que ela percebesse e ainda enviava áudios de cunho sexual.
Os abusos vinham acontecendo há meses, porém Leonardo teria sido descoberto recentemente, quando o pai foi buscar a criança na casa da ex-companheira. O g1 não conseguiu contato com a defesa de Leonardo, até a última atualização desta reportagem.
Leonardo foi preso em flagrante pela polícia e levado para a Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA), em São Luís, onde prestou depoimento e teria confessado o crime.