Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL), a região Nordeste lidera o ranking nacional de acidentes fatais por choque elétrico, muitos deles causados pelo manuseio inadequado da rede elétrica por pessoas não capacitadas.
Ligações clandestinas na rede elétrica, popularmente conhecidas como “gatos”, vão além de um crime e representam um grave perigo para a segurança da população. Um levantamento divulgado pela Equatorial Energia aponta que, apenas em 2024, mais de 12 mil dessas irregularidades foram identificadas e regularizadas no Maranhão.
Essas conexões ilegais desviam energia diretamente da rede elétrica de forma improvisada e fora dos padrões técnicos. A prática, além de ser classificada como furto pelo artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com penas que vão de 1 a 8 anos de reclusão, expõe moradores a choques fatais, incêndios e danos materiais.
Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL), a região Nordeste lidera o ranking nacional de acidentes fatais por choque elétrico, muitos deles causados pelo manuseio inadequado da rede elétrica por pessoas não capacitadas.
Gabriel Vieira, especialista em segurança elétrica, reforça que qualquer intervenção na rede elétrica deve ser realizada exclusivamente por profissionais habilitados.
“Atuar em sistemas elétricos, sem a devida capacitação, autorização e munido dos equipamentos de proteção, pode resultar em choques fatais, incêndios e danos elétricos, comprometendo ainda a qualidade do fornecimento de energia”, alerta.
Consequências vão além dos riscos físicos
Além de colocar vidas em perigo, os "gatos" de energia geram prejuízos econômicos significativos. Estima-se que, apenas este ano, as perdas de receita em ICMS no Maranhão ultrapassaram R$ 102 milhões, valores que poderiam ser aplicados em saúde, educação e outras áreas essenciais.
Outro impacto direto é o aumento no custo da energia para consumidores regulares, já que a energia furtada acaba sendo redistribuída nas tarifas de todos os clientes, conforme regulamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).