Motoristas formaram filas para abastecer nos postos de combustíveis, em São Luís, antes do aumento nos preços da gasolina e do diesel, anunciado pela Petrobras na última terça-feira (15).
Com
o reajuste, que entra em vigor a partir desta quarta-feira (16), o litro da gasolina terá uma alta de R$ 0,41, chegando a R$ 2,93. Já o litro do diesel vai subir R$ 0,78, passando a R$ 3,80.
Para aproveitar os preços antes do aumento, vários motoristas na capital maranhense formaram extensas filas para abastecer seus veículos.
Preço médio da gasolina volta a subir
O preço médio da gasolina voltou a subir nos postos do país após quatro semanas seguidas de queda. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta sexta-feira (11). A pesquisa é referente à semana de 6 a 12 de agosto.
Gasolina: O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,53.
O aumento foi de 0,18% frente aos R$ 5,52 da semana anterior, segundo os dados da ANP.
O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,30.
Etanol: O preço médio do etanol, por sua vez, caiu pela 5ª semana seguida, para R$ 3,59 na última semana.
O recuo foi de 0,83% em relação aos R$ 3,62 da semana anterior.
O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 6,29.
Diesel: Já o litro do diesel engatou a segunda alta consecutiva e foi encontrado nos postos, em média, a R$ 5.
O aumento foi de 1,21% frente aos R$ 4,94 da semana anterior.
O valor mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 7,19.
Nova política de preços e reajustes
Em maio deste ano, a Petrobras anunciou uma nova política de preços que determinava o fim da política de paridade de importação (PPI) — prática que ajustava o preço dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior.
A nova estratégia comercial, que foi vista por muitos especialistas como pouco transparente, busca incorporar "parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação", segundo a companhia.
"Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes", diz a Petrobras.
No entanto, o forte avanço dos preços do petróleo no exterior e a disparada do dólar nas últimas semanas levaram a empresa a atingir o "limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares".
Esses fatores, de acordo com a companhia, tornaram necessários os reajustes tanto na gasolina quanto no diesel, mirando no reequilíbrio dos preços da Petrobras em relação aos praticados pelo mercado e na melhora dos valores de margens da empresa.