O consórcio responsável pela construção da nova ponte que ligará os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), na BR-222, deu início à perfuração para a colocação dos explosivos para demolição da estrutura que restou da ponte Juscelino Kubitschek. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que acompanha o caso, informou que a implosão ocorrerá apenas após a retirada dos veículos que ficaram no local.
Técnicos do DNIT estão atuando na adequação das condições do encontro da ponte no lado de Aguiarnópolis, onde estão os caminhões e carros de passeio. A ação vai facilitar a passagem dos veículos.
Após a execução dos serviços preliminares na estrutura remanescente, as equipes vão retirar o caminhão mais próximo da saída da ponte e na sequência os demais veículos. A expectativa do DNIT é concluir a operação até o final desta semana.
O DNIT monitora com tecnologias os serviços de perfuração na cabeceira da ponte. Se houver riscos durante os serviços, os trabalhos serão interrompidos imediatamente por questões de segurança. Para que o plano seja executado é provavel que os moradores do entorno da ponte saiam de suas casas. “Por questão de segurança, se for necessário a gente sai. Eu estou aguardando algum contato das autoridades”, disse João Paulo, dono de um bar próximo à ponte.
Desde o desabamento da ponte no dia 22 de dezembro, as famílias das três vítimas desaparecidas vivem uma espera angustiante por respostas. Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos, ainda não foi localizado, e seus familiares fizeram uma homenagem à sua memória. “A gente também não teve o corpo para sepultar, para velar. Nosso momento mais próximo a ele é esse, com a água”, lamentou uma familiar.
Além de Gessimar, Salmon Alves dos Santos, de 65 anos, e o neto Felipe continuam desaparecidos. 14 pessoas morram e uma foi resgatada com vida. Uma missa em homenagem às vítimas também foi realizada hoje.
O desastre, que deixou a cidade em estado de isolamento, está sendo investigado pela Polícia Federal, mas o processo corre em segredo de justiça. A ponte, de responsabilidade do DNIT, era fundamental para o transporte de cargas entre os estados do Maranhão e Tocantins. Com sua ausência, a rotina dos moradores foi gravemente afetada. “Nós estamos com a cidade parada. A circulação de carros parou”, conta o seu Paulo.
Para minimizar os impactos, o DNIT anunciou que disponibilizará duas balsas para travessia gratuita de pedestres e veículos. No entanto, a demora para o início das obras de construção de uma nova ponte tem agravado ainda mais a situação.
Essa versão destaca primeiro o drama humano e o impacto emocional, seguido pelo contexto do desastre e as ações do DNIT, criando uma progressão lógica e envolvente. Faz sentido para você?