Há 20 dias, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) tenta controlar um incêndio que atinge a Terra Indígena Alto Turiaçu, no interior do Maranhão. A expectativa, segundo os brigadistas, é que o fogo seja controlado entre três a quatro dias.
As
chamas destruíram 25 mil hectares de floresta, segundo Corpo de Bombeiros. E o incêndio atinge árvores centenárias em um território com mais de 530 mil hectares que concentra um dos últimos trechos da Floresta Amazônica.
A seca prolongada — já são três meses sem chuva — fez com que a vegetação perdesse umidade, facilitando a propagação das chamas. Qualquer faísca é suficiente para desencadear um incêndio de grandes proporções, como o que assola atualmente a reserva.
Cerca de 30 homens entre bombeiros, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e indígenas trabalham no combate ao incêndio.
As equipes precisam economizar água e a fonte mais próxima, fica a 15 km. Para agilizar o trabalho, os combatentes não estão voltando para a aldeia nem para comer e dormir e, acabam acampando no meio da mata.
"Nós estamos na Aldeia Zé Gurupi, como ponto de apoio, mas nós pegamos um caminho com trajeto de moto é cerca de 1h30. Hoje nós iniciamos o combate e pegamos nesse trajeto, nós pegamos dois pontos e com a ajuda do drone vimos onde está mais ou menos o fogo estamos fazendo essa linha de contra fogo para cercar os focos", explicou o tenente William Castro, do Corpo de Bombeiros do Maranhão.
O território abriga duas etnias e são aproximadamente 4 mil indígenas Ka'apor e 60 Awá-Guajá. Segundo Acadjurixã Ka'apor, líder dos Guardiões da Floresta, diz que o fogo começou de pescadores que entram na mata e tocam fogo.
"O incêndio surgiu também por pescadores que caçam no território e 'tacam' fogo. Dessa forma, fogo surge também", diz Acadjurixã Ka'apor, líder dos Guardiões da Floresta.