A Polícia Civil do Maranhão prendeu, na última quarta-feira (26), em Grajaú, cidade a 566 km de São Luís, o indígena suspeito de tentar matar e estuprar uma indígena transexual. O homem foi preso em uma aldeia do município de Arame, onde se escondeu após o crime.
De
acordo com a polícia, suspeito é morador da aldeia Cajá, na terra indígena Morro Branco. Depois de passar por exames de corpo de delito, o indígena foi encaminhado para a delegacia de Grajaú, onde está preso e deve prestar depoimento.
A indígena de 21 anos, que é transexual, segue internada no Hospital Municipal de Imperatriz e aguarda uma cirurgia no rosto, que ficou desfigurado com as agressões a pauladas. Por causa das condições de saúde, ela ainda não foi ouvida formalmente pela polícia.
A direção do hospital informou que a indígena realizou exames, mas aguarda melhores condições clínicas para a cirurgia. Já o suspeito do crime deve responde por tentativa de homicídio e transfobia.
O delegado Alexandre Portela ouviu testemunhas que relataram que os dois se divertiam durante a madrugada numa festa em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, no dia 19 de abril, na aldeia Formigueiro, e no dia seguinte pela manhã moradores da aldeia ouviram gritos e presenciaram as agressões.
Segundo a polícia, a hipótese de estupro ainda não está descartada, mas deve ser esclarecida durante o inquérito.