Trabalhar de forma sincronizada e regular é um ótimo sinal quando falamos da função do coração em atender a necessidade do organismo. O órgão bombeia e impulsiona o sangue para o restante do corpo, porém, esse processo pode ser alterado quando há alguma mudança no ritmo e uma desordem nos batimentos, podendo evidenciar os sintomas da arritmia cardíaca, com variações que podem ser mais lentas (bradicardia) ou aceleradas (taquicardia).
A frequência cardíaca considerada normal pelos especialistas é entre 50 e 100 batimentos por minuto. O médico cardiologista e professor da faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Pablo Germano, explica que existem algumas situações de exceção à regra, que a mudança do ritmo pode ser considerada normal, como, por exemplo, a prática de atividade física, sono, estresse, entre outras. Entretanto, outras situações requerem mais cuidado.
Pablo comenta que as arritmias têm causas multifatoriais e a principal delas é decorrente de uma própria doença cardíaca que desencadeia essa desordem nos batimentos. Outras enfermidades e estados físicos ou psicológicos também podem ter relação, como as doenças da tireóide, infecções virais (inclusive da Covid-19) e bacterianas, obesidade, estresse, consumo de bebidas alcoólicas e energéticos, o hábito do tabagismo e alguns medicamentos, principalmente os usados nas infecções respiratórias.
“Alguns sinais apontam o quadro clínico de arritmia cardíaca, os sintomas podem variar entre palpitações e taquicardia, passando pela falta de ar, tontura, dor no peito, dificuldade para respirar e a síncope, que é a perda transitória da consciência com recuperação espontânea”, aponta o professor do IDOMED Fameac.
O diagnóstico pode ser clínico com a realização de um exame físico cardíaco depois da avaliação prévia na consulta médica. Outros exames complementares são essenciais na investigação, tais como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico e o holter de 24h, aparelho que faz o monitoramento das atividades elétricas do coração durante o dia inteiro.
Para prevenir, o médico cardiologista indica uma alimentação saudável, evitando bebidas alcoólicas e energéticos, além do uso de cigarros. Porém, boa parte das arritmias são causadas por doenças do coração, congênitas ou hereditárias, por isso a necessidade da realização dos check-ups para avaliar sempre a saúde do coração.
“Não hesite! Procure ajuda médica em caso de qualquer sintoma apresentado similar aos citados”, completa Pablo Germano.