A audiência pública realizada na noite de ontem (18), na Câmara Municipal de Imperatriz, reuniu os moradores do Loteamento Colina Park, advogados, vereadores e a Superintendência da Defesa Civil, mas a empresa responsável pelo loteamento não participou da audiência.
Um dos momentos mais importantes foi a fala do superintendente da Defesa Civil, Josiano Galvão, que disse que 50% do loteamento não têm condições para moradia, por causa dos riscos de alagamento, de acordo com o laudo técnico e acontecimentos reais e contundentes, além de dizer que, em média, 340 casas foram atingidas pela cheia só no Colina Park.
Ainda na audiência, o deputado Rildo Amaral disse que chegou a ver imagens por satélite, da área que mostra que o Riacho Cacau teve o curso desviado.
Desde o dia 02 de janeiro os moradores sofrem com os alagamentos na área e tem ajuda da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros na retirada de móveis, eletrodomésticos e utensílios necessários para as famílias.
Nesta semana, criminosos estavam invadindo as casas alagadas e roubando o que conseguiam, como móveis e até a fiação das casas. Veículos das vítimas ficaram nas casas alagadas e tiveram que ser retirados com ajuda dos moradores e do Corpo de Bombeiros. Muitos foram retirados em cima de plataformas que boiavam, por medo dos carros e motos ficarem na casa e os criminosos levarem.
As famílias vítimas da enchente estão reivindicando assistência da empresa responsável pelo loteamento. A empresa Casa e Terra não esteve na reunião de segunda (17/01) e também não esteve na de hoje (18), mas espera-se que a empresa esteja presente na reunião de quarta-feira (19), às 10h na Câmara de Imperatriz.
O nível da água do Rio Tocantins começou a baixar esta semana, o que antes era 10,80 metros, ontem (18) está 10,18 metros acima do considerado normal. Apesar do nível do rio está baixando, casas continuam alagadas e famílias continuam desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil.